segunda-feira, 27 de maio de 2013

Refletindo sobre a inclusão de alunos com TGD

Um dos grandes desafios da inclusão é promover um olhar diferenciado em relação às diferenças, uma vez que é preciso garantir a todos o espaço educativo que é de direito, no sentido de igualar as oportunidades reconhecendo cada aluno da escola como um agente em potencial para contribuir na formação dos valores, nas formas diversificadas de ensinar e aprender. 
Nessa  jornada, o importante é não sentir-se só e, reconhecer que a parceria família-escola-AEE é indispensável na formação dos alunos com TGD (Transtorno Global de desenvolvimento). Não há como voltar atrás, a inclusão é fato, e a chegada dos alunos com TGD na sala de aula comum induz o professor a refletir sobre as mudanças na sua forma de ensinar, isso exige a necessidade de quebrar paradigmas e reconstruir uma nova cultura escolar, a cultura do pertencimento para formação da cidadania. Evidentemente, que ao receber e ensinar alunos com TGD haverá de abandonar os conceitos pré-concebidos e dar espaço para que novas maneiras de pensar a educação na busca de um novo fazer pedagógico. 
Sabemos que é na interação e na diversidade que aprendemos, assim, diante das observações das experiências já vivenciadas, constatamos que as transformações realizadas na sala de aula comum para favorecer a inclusão de alunos com TGD com responsabilidade e com qualidade beneficiam a todos, desde a rotina às diversas metodologias aplicadas, da aplicação da lei ao reconhecimento de seus direitos e possibilidades.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

“Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”.  (MANTOAN, 2005)

SE LIGA AÍ!!! CURSO DE LIBRAS BÁSICO E DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA DEFICIENTES VISUAIS (BRAILLE, SOROBAN, ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE E PRODUÇÃO DE MATERIAL). PROFESSOR PARTICIPE!

domingo, 24 de março de 2013

Marcos legais para a inclusão


Quando falamos em Inclusão é indispensável ter acesso a documentos como a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) que tem papel fundamental na implementação de políticas públicas e ações para assegurar os direitos à educação das pessoas com deficiência, cujo princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em garantir que todos os aluno(a)s aprendam juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem.
Familiarizar-se com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - CNE Nº 02/2001, que reponde ao Capitulo V da LDB. Seu objetivo é o de orientar os sistemas educacionais acerca da educação de aluno(a)s com necessidades educacionais especiais na sala comum das escolas da rede regular e oferecer  subsídios para a constituição das diversas modalidades de atendimento (atendimento especializado, hospitalar e domiciliar) ao estudante com deficiência.
Reportar-se a Lei de Acessibilidade (10.098/2000- regulamentada em 2004 por decreto- lei) que  que defendem os direitos das pessoas com deficiência no que se refere a acessibilidade ao meio físico (edifícios, vias públicas, mobiliário, equipamentos urbanos etc.), aos sistemas de transporte, de comunicação e informação e de ajudas técnicas. 
Incluir o Programa Educação Inclusiva na escola, já implementado pelo MEC desde 2003, que garante o direito à diversidade, com vistas aapoiar a transformação dos sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, promovendo um amplo processo de formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização, à oferta do atendimento educacional especializado e à garantia da acessibilidade.
Cobrar das instâncias superiores que o  Decreto nº 5.626/05, (regulamenta a Lei nº 10.436/2002) que visa o acesso à escola dos alunos surdos, dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngue no ensino regular se cumpra efetivamente.
Conhecer a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006 e da qual o Brasil é signatário, estabelece que os Estados-Partes devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta da plena participação e inclusão.
Documentos estes ratificado pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEI, 2008) em como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais.
"Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos." (PNEEEI, 2008)
Uma Escola Inclusiva implica que todos os alunos, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, linguísticas, religiosas, sexuais ou outras, tenham direito de acesso, de permanência e de sucesso. Carvalho (2000, p. 120) enfatiza que uma escola inclusiva é aquela escola que “inclui a todos, que reconhece a diversidade e não tem preconceito contra as diferenças, que atende às necessidades de cada um e que promove a aprendizagem.” Nessa perspectiva, a deficiência torna-se mais uma diferença diante da diversidade que encontramos em nossas escolas.
É essencial, então, que a escola tenha uma proposta pedagógica que identifique os obstáculos que dificultam o sucesso dos alunos no processo de aprendizagem e busque tornar o ensino e a aprendizagem um processo prazeroso, numa interação permanente entre o professor, o aluno e o conhecimento. No entanto, devemos nos preparar para desafiar os alunos, a partir do uso de estratégias mais pertinentes aos seus interesses e as suas necessidades, que favoreça uma participação reflexiva dos alunos e, para tanto, é indispensável que tenhamos a convicção de que a aprendizagem é possível para todos os alunos. Vale salientar, ainda que a formação do professor é apenas uma etapa para que esse desafio seja vencido, compromisso, coragem, determinação, respeito e valorização profissional por parte dos nossos dirigentes e da sociedade, recursos pedagógicos, acessibilidade física, são essenciais para que a inclusão de fato se efetive. O que não podemos fazer é desistir, porque afinal "somos brasileiros e não desistimos nunca"

APRENDER A APRENDER


 Algumas palavras me saltam neste momento, após assistir o vídeo sugerido abaixo: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, INICIATIVA, CORAGEM, A CRENÇA NO OUTRO, MOTIVAÇÃO, COMPARTILHAMENTO, MEDIAÇÃO, TROCA, CONFIANÇA ... APRENDER A APRENDER.
Existe uma relação estreita entre o não-saber e a possibilidade de aprender. Para aprender, é preciso identificar a situação que lhe incomoda ou impulsiona. Ou seja: é imprescindível reconhecer que o desconforto ou desejo são também oportunidades de aprendizado. Todos nós temos certo grau de “cegueira” em diversas atividades e conceitos, e quando tomamos consciência de “que não se sabe” passamos por uma transformação de cego para ignorante e na medida em que nos familiarizamos com o novo conhecimento este vai tomando forma. 
Os verdadeiros mestres (mediadores), ao contrário dos experts (professores), mantêm sempre o espírito de aprendente, abertos e atentos a novas possibilidades criativas e inovadoras. Sejamos esse mestre!

Esse vídeo mostra com simplicidade o papel do mediador no processo de APRENDER A APRENDER, assisitam... ...É SIMPLESMENTE IMPERDÍVEL!!!!





segunda-feira, 18 de março de 2013

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


PPP: Por uma Escola Inclusiva


Quando pensamos em transformar a escola numa ESCOLA INCLUSIVA, precisamos pensar em um Projeto Político Pedagógico que também valorize o papel da família. Desse modo, não podemos propor a inclusão escolar, sem pensar na inclusão familiar. A inclusão social não existe sem que esta ocorra primeiramente na família e na escola.

PPP deve voltar-se às práticas inclusivas, uma vez que todo ser humano independente de cor, raça, credo, nível social, formação física ou psicológica possui direito ao acesso a educação de qualidade. As crianças com necessidades educacionais especiais devem está incluída na escola regular, contudo isso se exige que o currículo seja adaptado no sentido de atender as necessidades gerais da classe escolar.

Vale ressaltar que a garantia do DIREITO a acessibilidade e a formação de professores voltada para ações inclusivistas, a participação da família e da sociedade no processo de inclusão escolar deve fazer parte das ações previstas no PPP. Nesse sentido, o PPP emerge como um instrumento indispensável para a ação política pedagógica e transformadora da e na escola. Assim, temos com ponto de partida para sua elaboração o foco nas necessidades dos alunos, na promoção de diferentes metodologias e estratégias de ensino, construir seu embasamento teórico-metodológico voltado para políticas educacionais e pública

O sujeito com NEE ou caracterisiticas específicas carregam uma grande carga de isolamento por serem DIFERENTES.Como vencer a dor do preconceito e da exclusão? Diante das alterações que muitas vezes ocorre no ambiente familiar a pessoa com NEE precisa da atenção da escola.
O entendimento das dificuldades de aprendizagem implica no olhar extensivo à família. Da mesma forma que o lar deve ser uma extensão pedagógica, é indispensável que escola e família tornem-se uma unidade, que compartilhem dos mesmos princípios, que compreenda a escola a família em seus anseios e inseguranças.
Assim, o PPP deve promover uma ação que contribua para o trabalho pedagógico consoante com a família a partir da compreensão mútua. Porque educar para a inclusão social é inserir também a família, é fortalecer esses dois núcleos básicos da sociedade. 
Assim, sugere-se que:
  • brinquedos, jogos, atividades e materiais para o desenvolvimento também sejam trabalhados tanto na escola quanto em casa;
  • reuniões periódicas com os pais, relatórios, troca de informações e observação sistemática de possíveis exames médicos-laboratoriais fornecem substancial ajuda;
  • a família deve informar aos professores quantos a terapia medicamentosa.
O PPP sendo a identidade da escola deve concentrar-se na educação para a diversidade, inserindo ideias distintas, características e modos de ser em nosso trabalho, isso envolve a percepção do ser enquanto biológico, social, afetivo e racional de todos NÓS, assim, ampliaremos o nosso olhar, direcionando para uma práxis inclusiva.



" Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. " (Caio Fernando de Abreu)
INCLUSÃO para mim é isso, é dá um passo de cada vez..
É quebrar paradigmas;
É valorizar as diferenças diante da heterogeineidade humana;
É construir o PPP coletivamente;
É desenvolver  estratégias de ensino que respeitem os diferentes estilos de aprendizagem, talentos e habilidades;
É construir um currículo aberto, flexivel, capaz de refletir e ampliar as experiências vividas;
É organizar o tempo e o espços escolares a partir das necessidades dos alunos;
É promover o diálogo, a interação, a cooperação, a solidariedade, o espírito crítico e a criatividade;
É formar parcerias entre escola, família e comunidade;
É investir na formação e na VALORIZAÇÃO do professor.
E, parafraseando nosso Mestre Paulo Freire:
Trabalhar com INCLUSÃO exige reflexão sobre a prática, exige postura ética, exige curiosidade epistemológica, exige respeito aos saberes dos educandos; exige a consciencia do inacabado, exige saber escutar, exige a convicção de que a mudança é possível, exigecomprometimento, exige risco, aceitação do novo e rejeição a discriminação ...E outros saberes que poderemos encontrar no livro PEDAGOGIA DA AUTONOMIA.